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Brigadistas apoiam combate às chamas no Parque Cristalino II; incêndio dura um mês

Brigadistas apoiam combate às chamas no Parque Cristalino II; incêndio dura um mês

Brigadistas apoiam combate às chamas no Parque Cristalino II; incêndio dura um mês

Há um mês, o fogo segue consumindo o Parque Estadual Cristalino II, considerado uma das mais importantes áreas de preservação da Amazônia. A área fica em Novo Mundo, a 791 km de Cuiabá. Bombeiros, brigadistas, pesquisadores e voluntários atuam no combate às chamas e na luta pela preservação das espécies que vivem naquela região.

A causa do incêndio, segundo o delegado de Guarantã do Norte, Lucas Lélis, podem estar relacionadas ao pouso de uma aeronave no local. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) recebeu um alerta de desmatamento na área, conforme o delegado. Com isso, as equipes foram ao local.

As chamas tiveram início no dia 13 de agosto e, desde então, o combate ao fogo segue sendo realizado. Além de contar, também, com monitoramento por satélites pela Sala de Situação Descentralizada de Alta Floresta, a 800 km da capital. O Batalhão de Emergências Ambientais também orientam as equipes em campo.

Dos 118 mil hectares da unidade de conservação, mais de 6 mil já foram consumidos pelas chamas, segundo a Fundação Ecológica Cristalino (FEC). Uma equipe de brigadistas atua na parte sudoeste do parque para evitar que uma trilha seja atingida pelo incêndio. O caminho dá acesso aos pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) envolvidos em trabalhos de preservação da biodiversidade.

“Os brigadistas estão protegidos com roupas especiais para combate a incêndios, luvas, capacetes, óculos protetores, perneiras de couro, abafadores, bomba costal, contêineres com água, rádios amadores e uma caminhonete para transporte. Na terça-feira, 13, o grupo encontrou sete integrantes do Corpo de Bombeiros de Alta Floresta, que estavam atuando a oeste da unidade de conservação”, informou a fundação.

O parque está no centro de um impasse jurídico e político desde que havia sido anunciado, pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJMT), a extinção do decreto que deu origem à área de preservação. O Ministério Público do Estado conseguiu reverter, em parte, essa decisão.

“Apesar do ganho jurídico que manteve ainda recorrível a decisão judicial do processo que tenta extinguir o Parque do Cristalino II, o que vemos é que, mesmo que irreal, a possibilidade da extinção da UC estimula as ações criminosas de grilagem, desmatamentos e de incêndios florestais na região. O cenário piora com a inércia do Poder Público de combater essas práticas criminosas”, diz a consultora jurídica e de articulação do Observa-MT, Edilene Amaral.

A unidade de conservação, dada a sua grande extensão de mata nativa, está dividida em duas partes. No local, habitam cerca de 600 espécies de aves registradas, de acordo com a FEC. Deste total, 25 estão oficialmente registradas como ameaçadas de extinção.

Outra espécie que exige atenção, conforme a FEC, é o macaco-aranha-de-cara-branca, sendo um símbolo do parque.

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