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TRF aceita recurso do MPF para validar ‘vídeo do paletó’ como prova contra Emanuel

TRF aceita recurso do MPF para validar ‘vídeo do paletó’ como prova contra Emanuel

RESPALDO DO STJ

TRF aceita recurso do MPF para validar ‘vídeo do paletó’ como prova contra Emanuel

A defesa de Emanuel Pinheiro alega que o dinheiro recebido seria o pagamento de um serviço prestado por seu irmão

Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa Seixas, vice-presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), admitiu um recurso do Ministério Público Federal (MPF) que contestava a decisão que anulou como prova o vídeo em que o prefeito Emanuel Pinheiro aparece recebendo maços de dinheiro e colocando em seu paletó, durante a gestão Silval Barbosa, em 2013. A magistrada considerou que a decisão vai contra o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em julho deste ano, a 4ª Turma do TRF1 confirmou a nulidade do vídeo por considerar que se trata de uma gravação ambiental clandestina, usada pela acusação, feita sem qualquer autorização judicial e sem o prévio conhecimento das autoridades persecutórias. O caso retornou à primeira instância da Justiça e a 5ª Vara Federal de Cuiabá então arquivou a ação penal contra o prefeito.

No entanto, o MPF entrou com um recurso para tentar reformar a decisão da 4ª Turma do TRF1. O órgão alegou que houve violação a um artigo da Lei de interceptações telefônicas, e defendeu que a gravação, feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, é lícita.

Ao analisar o caso, a desembargadora Gilda Sigmaringa Seixas considerou que o entendimento da 4ª Turma, de que seria inviável a utilização, pela acusação, da gravação ambiental clandestina, é contrário à jurisprudência do STJ.

“O acórdão recorrido encontra-se em dissonância com o entendimento firmado pelo STJ que, em casos fronteiriços, entendeu ser possível a utilização da gravação ambiental pela acusação em desfavor da defesa (…). Ante o exposto, admito o recurso especial”, decidiu.

Denúncia aponta propina
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) aponta que o então governador Silval Barbosa acertou o pagamento de propina no valor de R$ 600 mil para cada deputado estadual, “como forma de garantir governabilidade e a aprovação das contas do governo, o qual seria honrado em 12 parcelas iguais e sucessivas de R$ 50 mil”, diz trecho da denúncia.

A acusação ainda aponta que, em dezembro de 2013, o então deputado Emanuel Pinheiro “dirigiu-se até ao gabinete de Sílvio Cezar Corrêa Araújo, localizado na governadoria do Estado de Mato Grosso, ocasião na qual recebeu, a título de propina, a quantia de R$ 50 mil”, afirmam os procuradores da República.

Foi neste contexto que Silvio Corrêa gravou o vídeo de repercussão nacional no qual Emanuel aparece recebendo o dinheiro. “No decorrer do vídeo, Silvio repassa R$ 20 mil em espécie para o denunciado e se compromete a entregar o restante, ou seja, R$ 30 mil para um terceiro, não identificado no diálogo”, diz o documento.

A defesa de Emanuel Pinheiro alega que o dinheiro recebido seria o pagamento de um serviço prestado por seu irmão, Marco Polo de Freitas Pinheiro, proprietário do Instituto de Pesquisa Mark, ao ex-governador Silval Barbosa durante a campanha para governador em 2010.

Fonte: Gazeta Digital

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