Em entrevista ao site Olhar Direto, o secretário estadual de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, admitiu atrasos em algumas obras de hospitais regionais no estado. Segundo ele, a principal causa é a dificuldade enfrentada pelas construtoras para contratar mão de obra qualificada, reflexo do grande volume de investimentos em infraestrutura em Mato Grosso.
“Nós gostaríamos que as construtoras conseguissem performar na velocidade da nossa necessidade, mas não é o que ocorre. Algumas obras, como a de Alta Floresta, estão dentro do cronograma e devem ser concluídas no primeiro trimestre do ano que vem. Porém, outras estão atrasadas. Todas as construtoras alegam dificuldade hoje na contratação da força de trabalho para dar conta do cronograma”, explicou Figueiredo durante a entrevista.
O secretário destacou que a alta demanda por trabalhadores no setor tem gerado escassez de mão de obra local, obrigando as empresas a buscar profissionais de outros estados. Ainda assim, ele garantiu que todas as obras devem ser concluídas até dezembro de 2025.
Situação das obras
Entre as unidades em construção, o Hospital Regional de Alta Floresta é o mais avançado, com 67,8% do projeto concluído. A obra, iniciada em junho de 2022, já recebeu R$ 97,9 milhões em investimentos, com previsão de término em 2024. O custo total será de R$ 144,3 milhões.
Outras obras seguem em ritmo mais lento:
- Hospital Regional de Juína: 40% concluído, com R$ 50,2 milhões investidos até agora. O valor total da obra será de R$ 125,5 milhões;
- Hospital Regional do Araguaia (Confresa): 34,8% concluído, com R$ 45 milhões aplicados. O custo final previsto é de R$ 129,2 milhões;
- Hospital Regional de Tangará da Serra: 37,4% concluído, com R$ 47,7 milhões já investidos. O valor total será de R$ 127,5 milhões.
Apesar dos contratempos, o secretário reafirmou que as obras seguem em andamento e serão entregues dentro do prazo estipulado. Ele também destacou a importância desses hospitais para fortalecer o sistema de saúde em Mato Grosso.
