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Vereadores denunciam entrega de placebo em unidades de saúde de Cuiabá

Vereadores denunciam entrega de placebo em unidades de saúde de Cuiabá

Denúncia

Vereadores denunciam entrega de placebo em unidades de saúde de Cuiabá

A fiscalização dos vereadores também coletou documentos que comprovam a ciência da intervenção sobre a aquisição dos falsos medicamentos.

A Comissão de Saúde da Câmara, descobriu que a equipe de Intervenção estadual – que administra a Saúde Pública de Cuiabá está dispensando placebos (substância elaborada para ter a aparência exata de um medicamento real, porém que é composto por substâncias químicas inativas, como amido e açúcar) no lugar de medicamentos para as unidades de Saúde da Capital.A descoberta da entrega dos “medicamentos falsos” foi realizada pelos vereadores Wilson Keko kero (PODEMOS) – presidente da Comissão de Saúde e Sargento Vidal (MDB) presidente da CPI dos Indenizatórios, que apura rombo de mais de R$ 195 milhões em medicamentos que teriam sido comprados sem licitação pública.

A denúncia, encaminhada à Vidal deu conta de que o Centro de Distribuição de Insumos e Medicamentos de Cuiabá –  CDMIC estariam encaminhando às UPAs e Policlínicas, bem como, para as redes de atenção básica o placebo no lugar da Acetilcisteina – que é um medicamento usado para tratar síndromes gripais e até mesmo inícios de pneumonia infantis.“Rececebi  ontem à noite essa denúncia, hoje fomos ‘in loco’ averiguar e infelizmente descobrimos esse absurdo. A Intervenção comprou esses componentes químicos que são falsos medicamentos e está sim, distribuindo para os pacientes de Cuiabá como se fossem medicamentos”, frisou Vidal.No local, o presidente Wilson Kero Kero, solicitou imediata explicação da interventora Daniela Carmona, já que sobretudo, as falsas Acelticisteinas sequer possuem registros na Anvisa. Por telefone, a mesma culpou os enfermeiros pelo que chamou de equívoco.“Os enfermeiros do CDMIC é que tem saber se é medicamentos ou não […] Se eles receberam algo que não é medicamento, se houve um equívoco nós vamos recolher das unidades”, relatou.Por nota, a equipe de Intervenção chamou o químico de suplemento alimentar e informou que irá recolher das unidades e que já notificou a empresa para que faça a troca – algo que causou extrema preocupação aos vereadores. “A Intervenção chamou de equívoco algo que foi entregue para a população tratar problemas sérios de Saúde, nós identificamos a veracidade  e queremos explicações plausíveis para isso”, reforçou Kero Kero.Ao todo, foram encontradas 30 mil unidades em frascos de 120 ml. A ata de compra do falso medicamento ultrapassa R$ 1 milhão de reais. No ato, Vidal que salientou estar na apuração dos fatos como membro da Comissão de Saúde explicou, que os vereadores não apreenderam as amostras em respeito aos servidores do local que alegaram sofrer represálias. Entretanto, realizou diversas filmagens a fim de garantir as integridades das provas que serão apuradas, inclusive a forma com que foram adquiridos pela Intervenção.“Não estou aqui como presidente da CPI mas como membro da Comissão. Entretanto, vamos apurar pela CPI se esses falsos medicamentos também foram comprados por indenizatórios. Um absurdo desses que por si já causa extremo mal ao povo cuiabano não pode ser banalizado,  pois poderia ter custado inclusive, a vida de crianças ao terem seus quadros de saúdes agravados por estarem consumindo amido e açúcar no lugar de remédios. Iremos apurar cada detalhe dessa aquisição”, finalizou Vidal.A fiscalização dos vereadores também coletaram documentos que comprovam a ciência da intervenção sobre a aquisição dos falsos medicamentos. Inclusive, nota técnica do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Norte CRF/RN, contendo comparativo que demonstra que o placebo não possui qualquer eficácia clínica no tratamento das referidas doenças.

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