O Conselho Municipal de Turismo de Alta Floresta, juntamente com membros da Instância de Governança de Turismo da região da Amazônia Mato-grossense e o prefeito de Alta Floresta, realizou uma reunião crucial para abordar questões relacionadas ao desenvolvimento turístico do município.
Durante a reunião, foram discutidos temas importantes como a necessidade de maior diálogo e reconhecimento por parte da administração municipal atual. Foi ressaltada a falta de representatividade e comunicação, especialmente no que se refere à promoção e ao desenvolvimento do turismo em Alta Floresta. Os participantes solicitaram um levantamento detalhado das ações e gastos da coordenação de turismo desde o início da gestão até o presente momento. O Secretário Municipal de Governo, Carlos, prometeu que essas informações já estavam disponíveis na Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico, mas somente no dia 08/08 foram encaminhadas para o COMTUR.
O prefeito de Alta Floresta reconheceu a necessidade de melhorias e se comprometeu a colaborar de forma mais transparente. Ele destacou a importância de ter um profissional competente na coordenação de turismo para desenvolver o setor de maneira eficaz e participativa. Foi mencionado que Alta Floresta é reconhecida a nível estadual como um polo turístico, mas a percepção atual é de falta de interesse devido ao rebaixamento da Secretaria de Turismo para uma coordenação nesta gestão.
A formalização da Instância Regional de Turismo também foi um ponto de discussão, destacando que a falta de participação e transparência tem prejudicado o processo. Alta Floresta foi o último município a entregar o parecer jurídico do Estatuto Social da IGR, o que atrasou a oficialização da instância.
A postura da gestão municipal de Alta Floresta está impactando o desenvolvimento sustentável da região, e alternativas estão sendo buscadas junto ao governo do estado, que tem oferecido apoio e orientações. O COMTUR de Alta Floresta e a IGR continuarão a engajar mais empresários do segmento para fortalecer os Conselhos de Turismo.
Adicionalmente, o COMTUR juntamente com a IGR estarão apresentando aos candidatos a prefeitos da região, ainda em tempo de campanha, um documento de apoio ao turismo local. Este documento visa firmar o compromisso dos futuros gestores com o desenvolvimento e a prosperidade do turismo na região, garantindo que o setor receba a atenção e os investimentos necessários para seu crescimento.
Para fortalecer a governança do turismo, a Instância de Governança Regional (IGR) da Amazônia Mato-Grossense, de acordo com o seu estatuto, visa criar condições para o incentivo e desenvolvimento das atividades turísticas dentro dos municípios que a compõem. A IGR possui objetivos claros, como desenvolver estratégias regionais para a promoção de atividades turísticas, assessorar prefeituras e entidades na implantação de projetos, e incrementar a atividade turística de modo a estimular o associativismo e cooperação entre os associados.
Além disso, a Cartilha de Orientações Técnicas para Conselhos Municipais de Turismo do Ministério do Turismo destaca a importância da criação e consolidação dos Conselhos Municipais de Turismo para dar continuidade às políticas adotadas e ao desenvolvimento de planos coerentes com a realidade local. Esses conselhos são essenciais para a promoção e estruturação do turismo nos municípios, servindo como espaço de discussões e desenvolvimento de propostas alinhadas com a realidade local.
O Manual do Interlocutor do Programa de Regionalização do Turismo (PRT) também é uma ferramenta valiosa que facilita a comunicação e coordenação entre os envolvidos no turismo. Ele oferece orientações sobre a gestão descentralizada do turismo, planejamento e posicionamento de mercado, qualificação profissional, empreendedorismo, captação de investimentos, infraestrutura turística, informação ao turista, promoção e apoio à comercialização, e monitoramento.
Essas diretrizes e ferramentas são fundamentais para o fortalecimento do turismo em Alta Floresta e na região da Amazônia Mato-Grossense, promovendo um desenvolvimento sustentável e integrado do setor.