O vídeo de um macaco-prego agonizando por socorro enquanto é estrangulado por uma sucuri, viralizou nas redes sociais. As imagens angustiantes mostram o primata em agonia, agarrado às margens do rio Formoso, enquanto a serpente gigante o envolve cada vez mais apertado.
O registro foi feito em Mato Grosso do Sul, na cidade de Bonito, em agosto de 2022, mas foi só nessa semana que as imagens ganharam grande repercussão nas redes sociais. A cena foi presenciada por turistas que faziam um passeio pelo local.
Ao fundo da gravação é possível ouvir gritos e orientações para que as pessoas não interajam com os animais. “Não pode mexer, não pode mexer”, diz uma das pessoas no local. No entanto, outros turistas comovidos com a situação pediram para que o animal fosse resgatado.
No desfecho do vídeo, indivíduos podem ser vistos retirando a sucuri da água, separando os dois animais. Segundo relatos, ambos os animais foram soltos na natureza após o incidente.
O incidente ressurgiu esta semana, no canal do YouTube Biólogo Henrique e causou um debate acalorado sobre a intervenção humana em eventos naturais. O Biólogo exibe a biologia das Serpentes de maneira inusitada, abordando temas em defesa da Ciência, combate à pseudociência, defesa do profissional Biólogo, do meio ambiente, preservação da natureza, educação ambiental, zoologia, ecologia e cultura nerd.
Ao exibir o vídeo do macaco-prego agonizando por socorro, o biólogo esclareceu que, embora a comoção diante da cena seja compreensível, interferir na vida de animais selvagens é inadequado.
Alerta
A capitã Thamara Moura, da Polícia Militar Ambiental, faz um alerta a população sobre os problemas da interferência na alimentação dos animais silvestres.
“Temos que entender que existe uma cadeia alimentar na natureza, existem animais que se alimentam de plantas, outros de frutos e outros animais. E as pessoas não podem interferir, isso causa um desequilíbrio ecológico e é crime, por mais que a situação comova”.
Segundo a militar, o ato é considerado maus-tratos, e pode gerar uma multa de R$ 500 a R$ 3.000 por indivíduo. Com informações Thais Libni, g1 MS — Mato Grosso do Sul