O programa Celular Seguro, iniciativa do governo federal para inibir roubos e furtos a celulares e smartphones, recebeu 12.163 alertas de bloqueio nos primeiros 30 dias em operação, completados na última quarta-feira (17). Até esta sexta-feira (19), foram 12.591 pedidos de bloqueio, uma média de 393,4 solicitações por dia.
A ferramenta permite inutilizar o celular que for roubado, furtado ou perdido. Também há a opção de incluir pessoas de confiança, que podem pedir o bloqueio e solicitar informações.
Segundo o Ministério de Justiça, 1.234.718 usuários se inscreveram no programa desde 19 de dezembro até esta sexta. Foram cadastrados 954.278 números de telefone e 818.850 nomes de pessoas de confiança no período.
A defasagem entre as quantidades de usuários e de telefones ocorre porque há situações em que o proprietário de celular iniciou o cadastro, mas não preencheu todos os dados (deixando de informar o número do aparelho ou contato de confiança, por exemplo), o que já era esperado, segundo o governo.
Foram 5.496 alertas por roubo, 3.965 por furto, 2.529 por perda e 601 por pedidos de outra natureza (como extravio em transporte, por exemplo) desde o lançamento da ferramenta. O dia com mais pedidos de bloqueio foi 20 de dezembro, dia seguinte à entrada do programa em operação.
O estado com o maior número de alertas de bloqueio desde 19 de dezembro foi São Paulo, com 3.288 pedidos. Em seguida aparecem Rio de Janeiro, com 1.567, e Bahia, com 940. O quadro com as dez unidades da federação com mais solicitações se completa com Pernambuco (904), Minas Gerais (778), Ceará (674), Amazonas (494), Pará (412), Distrito Federal (404) e Paraná (380).
Após bloqueio
O Ministério da Justiça informa que o aparelho que for bloqueado não servirá para revenda. O programa não limita o cadastro de número, mas é preciso que ele esteja vinculado ao CPF do titular da linha para que o bloqueio seja concluído. O proprietário poderá indicar quais pessoas estarão autorizadas a efetuar bloqueios, caso o aparelho seja roubado, furtado, extraviado ou perdido.
Para o governo, a iniciativa oferece um caminho simplificado para bloquear as informações do aparelho celular, como aplicativos bancários, lista de contatos e fotos. A expectativa do Ministério da Justiça é que as empresas de telefonia comecem a efetuar o corte das linhas telefônicas a partir de fevereiro.
O governo reforça que o “Celular Seguro” não oferece a possibilidade de fazer o desbloqueio e só deve ser utilizado em casos de emergência. Se o aparelho for recuperado, o usuário deve entrar em contato com a operadora, com os bancos e outros fornecedores de serviços.