Ademais a crise hídrica, na semana passada emergiu mais um fator que está sendo motivo de grande apreensão em Alta Floresta, porque poderá impactar de forma drástica o processo de desenvolvimento econômico do município.
Foi constatado que além do racionamento de água potável, Alta Floresta também enfrenta problema com o fornecimento de energia elétrica, por parte da Energisa, para atender a demanda dos investimentos que estão em fase de execução e com inaugurações marcadas, bem como os projetos que estão planejados.
Se a crise hídrica ligou o sinal de alerta, a crise energética se transformou em uma enorme preocupação para os investidores, não somente do setor imobiliário, mas também de outros segmentos, porque representa um risco imediato de paralisar os investimentos em Alta Floresta.
Na semana passada, estes problemas foram temas do Podcast Pausa Jurídica, comandado pelo Advogado Dr. Joel Quintella, que reuniu entre os convidados, o advogado Dr. Lucas Barella, o presidente da CDL (Câmara de Dirigente Lojistas) Alex Fabiano, Rodrigo Arpini, presidente da Associação Alta-Florestense das Empresas Loteadoras – AAEL- e o presidente do Sindicato Rural, Júnior Berlanda.
Para o Dr. Joel Quintella, tanto a crise hídrica quanto a energética, podem impossibilitar a abertura de novas empresas, a geração de novos empregos e o fomento da economia local. Algumas empresas em fase de construção, correm o risco de não poder ser inauguradas em função da falta destes produtos para suprir a demanda.
“Água e energia são essenciais para o desenvolvimento. A estiagem prolongada apenas agravou aquilo que há 5 anos já se tinha conhecimento: A bacia do Taxidermista, que abastece a cidade, não conseguiria suprir a demanda de crescimento do município. Não bastasse isto, a crise energética vem dando sinais no município, com apagões frequentes e quedas de energia constantes, causando prejuízos para a população. Os equipamentos estão danificados, os comércios e os estabelecimentos obrigados a encerrar o expediente mais cedo e a qualidade de vida dos moradores estão sendo diretamente impactada”, observa Dr. Joel.
Já o presidente da Associação Alta Florestense das Empresas Loteadoras – AAELempresário Rodrigo Arpini [em abordagem durante o Podcast], na quinta-feira, 17, afirmou que a Energisa não tem capacidade para fornecer energia elétrica para os novos investimentos. A exemplo da Havan, Aquarela Saúde, nova escola Presbiteriana e para os loteamentos imobiliários, observando que isto representa uma enorme preocupação para o setor Segundo ele, a Unidade da Havan em Alta Floresta, que deve ser inaugurada ainda em 2024, necessita de 500 KVA de energia, mas a Energia só consegue entregar de imediato, 300 KVA.
O Aquarela Saúde precisa de 900 KVA e só obteve 300. E a Escola Presbiteriana, que necessita de 750 KVA, também só conseguiu 300.
De acordo com Rodrigo, há um total de demanda de 19.892,5 KVA, sendo que somente 600 KVA estão aprovados, restando um déficit de 19.292,5. Concluindo, ele afirmou que através do deputado estadual Nininho, está sendo marcado uma reunião com a diretoria da Energisa em Cuiabá, para discutir o problema.
Racionamento de água – A falência do sistema de abastecimento de água, outro tema debatido na mesma ocasião, na opinião dos participantes do Pausa Jurídica, caso medidas efetivas não sejam adotadas para a resolução do problema no próximo ano, a mesma crise que está acontecendo agora, voltará a se repetir.
