A principal suspeita sobre o que levou o avião da VOEPASS (antiga Passaredo), que fazia a rota Cascavel (PR) – Guarulhos (SP), a cair foi a formação de gelo na região da rota operada pelo avião durante o voo. A aeronave caiu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Todas as 62 pessoas a bordo morreram.

O avião que caiu era um ATR 72-500. O modelo tem um histórico de desafios em relação à aderência de gelo severo, como o registrado nesta quinta-feira.

Alguns aviadores, sob a condição de anonimato, afirmam que o piloto da aeronave que sofreu o acidente, inclusive, pediu ao controle de voo para descer de altitude por causa do gelo. Ainda não está claro se ele conseguiu descer antes de perder o controle do avião.

O gelo que se forma no céu se acumula na asa e tira a sustentação da aeronave, ou entope os tubos de Pitot que levam referência de velocidade para os instrumentos. Esse, por exemplo, foi o principal fator contribuinte para o acidente com um modelo Airbus A330 da Air France que caiu perto de Fernando de Noronha.

O avião que caiu nesta sexta foi fabricado em 2010 e estava em situação regular junto à Anac. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acompanhando a prestação do atendimento aos familiares pela Voepass Linhas Aéreas, bem como adota as providências necessárias para averiguação da situação regulamentar da aeronave e dos tripulantes. O Governo Federal acompanha ainda os desdobramentos das investigações oficiais sob competência do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).