A criação de uma cooperativa de garimpeiros pode reativar as atividades de extração de ouro que eram realizadas no garimpo de Aripuanã (950 km de Cuiabá). A área foi fechada pela Polícia Federal no início de outubro.
A promessa de retomada das atividades foi confirmada pela comunicação do prefeito de Aripuanã, Jonas Canarinho (PR) nesta terça-feira (29). Ao HNT/HiperNotícias, o Executivo municipal apontou que, quando concretizada, a cooperativa deverá legalizar a extração de ouro na cidade.
“Está sendo composta a mesa diretora da cooperativa, que vai regulamentar a entrada de novos membros. Os garimpeiros que fizerem parte da cooperativa deverão apresentar documentação. Depois de organizada, a cooperativa vai entrar com as medidas necessárias junto da Receita Federal”, disse a comunicação do prefeito.
À reportagem, a assessoria do Executivo municipal acrescentou que, após a criação do garimpo, será encaminhado um pedido à empresa Nexa – que é dona do subsolo do perímetro – para que ceda parte da área para uso da cooperativa.
Apesar da expectativa em torno do empreendimento, ainda não se tem um calendário de composição da cooperativa e nem da retomada das atividades de extração, que representam uma das bases econômicas de Aripuanã.
O garimpo
Fechado na segunda fase da Operação Trype, o garimpo era a fonte de renda para cerca de dois mil garimpeiros – contingente que representa 10% de toda a população do município.
Após seu fechamento, o município de Aripuanã declarou situação de emergência. À época, a prefeitura da cidade apontou que o decreto veio após a situação de calamidade deflagrada com a operação.
“[O fechamento do garimpo] Gerou um problema social, os que vieram de fora, de outras cidades, não têm para onde ir. Agora, tem trabalhadores dormindo até no Parque de Exposições”, pontuou o Executivo municipal.
Outras iniciativas para legalização da área estão em processo, como é o caso da discussão em torno da criação de um projeto de lei que permita aos municípios a regularização de áreas de garimpo. A proposta foi debatida entre o senador Wellington Fagundes (PL), o prefeito de Aripuanã e a Agência Nacional de Mineração (ANM).