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Tribunal não autoriza novo júri mas diminui pena de homens que executaram advogado em Alta Floresta

Tribunal não autoriza novo júri mas diminui pena de homens que executaram advogado em Alta Floresta

Tribunal não autoriza novo júri mas diminui pena de homens que executaram advogado em Alta Floresta

O Tribunal de Justiça decidiu manter a condenação de dois envolvidos na morte de Rubens Moreno Rubio Júnior, 48 anos. O advogado foi morto a tiros, em junho de 2016, quando chegava em uma propriedade rural, no município de Alta Floresta.

Submetidos a júri popular, Sérgio Luís Viana e Evan Marcelito Zupelli acabaram condenados por homicídio duplamente qualificado. O primeiro foi sentenciado a 30 anos de reclusão. O segundo pegou 25 anos de cadeia. Ambos foram condenados a pagar R$ 50 mil de indenização.

No recurso levado ao Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública apontou nulidade no julgamento, uma vez que os réus teriam sido levados ao plenário utilizando as roupas do presídio. Além disso, a defesa também alegou que a decisão dos jurados, que votaram pela condenação, foi contrária às provas apresentadas.

Ambos argumentos foram rechaçados no voto do relator, desembargador Orlando Perri. “Destaco que não é possível vê-los com tais vestes nos registros audiovisuais, uma vez que ambos foram interrogados no primeiro dia de julgamento, quando trajavam roupas comuns e estavam sem algemas. Nas gravações dos debates, que ocorreram no segundo dia do júri, o ângulo da câmera não permitiu visualizar Evan, sendo certo que Sérgio trajava camiseta branca, que não é possível identificar se é uniforme do sistema prisional ou traje civil”, disse o magistrado, ao negar novo júri.

Ele também entendeu que, como havia duas versões sobre o crime, os jurados escolheram uma. “Nessa ordem de ideias, não tem cabimento a tese de que a decisão dos jurados contraria a prova dos autos, pois havendo duas versões, optaram por uma delas. Em outras palavras: apesar de a decisão não ter sido aquela pretendida pela defesa, ou seja, acastelada pelos apelantes como a mais acertada, não se pode dizer que a decisão dos jurados está em dissonância com as provas dos autos, uma vez que tem abrigo no testemunho prestado em plenário e nas provas técnicas e periciais produzidas”.

Por outro lado, Perri, que teve o voto seguido pelos demais desembargadores da Primeira Câmara Criminal, votou por diminuir a pena dos réus. Sérgio teve a pena reduzida para 20 anos de reclusão. Já Evan terá que ficar 16 anos de cadeia.

Os réus foram presos pouco após o crime e, com eles, os policiais apreenderam uma pistola 9 milímetros. A denúncia aponta que o homicídio teve como motivação disputas de terras na região do município de Novo Mundo.

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