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Juiz transfere Operação Céu Dourado para Mato Grosso e destaca conexão com crimes em Alta Floresta

Juiz transfere Operação Céu Dourado para Mato Grosso e destaca conexão com crimes em Alta Floresta

Operação Céu Dourado

Juiz transfere Operação Céu Dourado para Mato Grosso e destaca conexão com crimes em Alta Floresta

Decisão envolve extração e contrabando ilegal de ouro, com impacto direto em municípios do norte do estado.

PF-GO

O juiz federal Gilson Jader Gonçalves Vieira Filho, da 11ª Vara Federal de Goiás, determinou a transferência do processo da Operação Céu Dourado para a Justiça Federal de Mato Grosso. A decisão foi fundamentada no entendimento de que o crime mais grave envolvido na operação, o de organização criminosa, ocorreu no território mato-grossense. Alta Floresta, entre outros municípios da região norte do estado, foi um dos principais focos das investigações, que apontaram para a extração e comercialização ilegal de ouro.

Na decisão, o magistrado destacou que a maior parte das infrações e a articulação do esquema criminoso ocorreram em Mato Grosso, evidenciando a conexão do caso com a Operação Trypes, deflagrada em setembro de 2019. A Operação Trypes investigou a extração e comercialização ilegal de ouro na Amazônia Legal, com ações realizadas em Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Paranaíta e outros municípios do estado. Ambos os casos envolvem um esquema estruturado de organização criminosa que utilizava notas fiscais falsas e empresas de fachada para “esquentar” o ouro extraído de maneira ilegal.

A Operação Céu Dourado foi deflagrada em outubro de 2019 pela Polícia Federal de Goiás, após a apreensão de 110 quilos de ouro em um avião no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Na ocasião, foram cumpridos 26 mandados judiciais em Goiás, Mato Grosso e São Paulo. As ações em Mato Grosso incluíram cidades estratégicas como Alta Floresta, Apiacás e Colniza, devido à sua proximidade com áreas de garimpo e exploração ilegal.

A defesa dos empresários investigados, representada pelos advogados Valber Melo e Matheus Correia, argumentou que não poderiam ser conduzidas duas ações penais paralelas, uma em Goiás e outra em Mato Grosso, relacionadas aos mesmos fatos. Com isso, o juiz de Goiás reconheceu a conexão com os crimes investigados pela Operação Trypes e determinou a suspensão da ação até que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decida sobre a competência.

Na Operação Trypes, deflagrada um mês antes da Céu Dourado, a Polícia Federal cumpriu mandados em municípios como Alta Floresta, Nova Bandeirantes e Juína. As investigações apontaram um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, com emissão de documentos falsos e uso de contas bancárias para movimentar valores provenientes da mineração ilegal.

Com a transferência do processo para a Justiça Federal de Mato Grosso, as autoridades esperam aprofundar as investigações sobre as atividades ilegais que impactam diretamente a economia e o meio ambiente na região norte do estado, com foco em municípios como Alta Floresta, que são estratégicos para o combate a esses crimes.

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