Um morador de Carlinda, de 71 anos, procurou a Polícia Militar nesta terça-feira (16) após ser vítima de um golpe eletrônico que resultou em prejuízo superior a R$ 21 mil. O crime foi registrado como estelionato e envolveu o uso indevido de aplicativos de mensagens e chamadas de vídeo.
Segundo o registro policial, o idoso recebeu pela manhã uma mensagem via WhatsApp de um indivíduo que se passou por sua advogada. O contato afirmou, de forma falsa, que a vítima teria vencido uma ação judicial e que seria necessário fornecer informações bancárias para a liberação dos supostos valores.
Ao longo do dia, o golpista manteve contato com a vítima, inclusive por chamada de vídeo, momento em que conseguiu convencê-la a seguir orientações repassadas e enviar imagens de documentos pessoais, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Somente no início da noite o idoso percebeu que haviam sido realizadas transferências bancárias não autorizadas. Da conta de sua esposa, foram efetuados dois Pix, nos valores de R$ 9.799 e R$ 2 mil. Já da conta do próprio comunicante, foi registrada uma transferência de R$ 10 mil. O prejuízo total soma R$ 21.799.
Após constatar o golpe, a vítima entrou em contato com a instituição financeira, que realizou o bloqueio das contas. Ele também relatou à polícia que o suspeito tentou abrir novas contas bancárias em plataformas digitais utilizando seus dados pessoais.
A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Alta Floresta, que ficará responsável pela investigação do caso.
ORIENTAÇÂO -OAB-MT
- Contato Inesperado: Mensagens repentinas, principalmente via WhatsApp, de números desconhecidos (muitas vezes com DDDs de fora do seu estado).
- Promessas de Valores: Alegam que há dinheiro de processos parados (precatórios, alvarás) para liberar, mas precisam de um pagamento adiantado (taxas, custas, impostos).
- Uso de Dados Reais: Os criminosos usam informações reais de processos e até números de advogados verdadeiros para dar credibilidade.
- Urgência e PIX/Transferência: Criam clima de urgência e pedem depósitos via PIX ou transferência, sumindo após o pagamento.
- Nunca pague nada: Advogados sérios não pedem depósitos por fora ou sem contrato claro para liberar valores.
- Verifique o advogado: Use a plataforma ConfirmADV (da OAB Nacional) para confirmar se o número de inscrição e o profissional são reais.
- Desconfie de contatos repentinos: Especialmente se for por WhatsApp e com pedidos de dinheiro.
- Confirme com seu advogado: Se você já tem um advogado, entre em contato diretamente com ele para verificar a informação.
- Denuncie à OAB-MT: Envie os detalhes para denunciagolpes@oabmt.org.br ou use os canais da OAB-MT nas redes sociais.
- Registre um Boletim de Ocorrência: Isso ajuda a Polícia Civil a investigar e combater os criminosos.





