Uma professora da rede pública de Alta Floresta se manifestou oficialmente, por meio de nota assinada por seu advogado, Fernando Leite da Silva, para esclarecer informações divulgadas em reportagem recente do jornal Mato Grosso do Norte. A publicação sugeria que a servidora teria apresentado um exame falso de gravidez para evitar o desligamento de seu contrato temporário com o Estado.
Segundo a defesa, não há qualquer denúncia, investigação ou procedimento administrativo ou criminal que apure suposta fraude ou conduta irregular. O advogado afirma que “a gestação era real, comprovada e acompanhada clinicamente”, e que a servidora “lamentavelmente sofreu aborto espontâneo”.
“Há um conjunto extenso de documentos médicos, consultas, exames, atestados e relatos clínicos que confirmam de forma inequívoca a gestação e a perda gestacional. Essa informação jamais deveria ser tratada com especulação ou sensacionalismo”, destacou o advogado.
Ainda conforme a nota, a servidora não recebeu qualquer benefício, auxílio ou valor público indevido e o desligamento de suas funções ocorreu por iniciativa própria, em agosto deste ano. A defesa informou que medidas judiciais serão tomadas caso a divulgação de informações falsas persista.
“O que existe é o luto de uma mulher que perdeu uma gestação e vem enfrentando consequências emocionais severas agora agravadas por uma exposição pública injusta e indevida”, complementa o texto.
Em fala concedida ao Nativa News, a professora também agradeceu a oportunidade de apresentar sua versão. “Nenhum momento eu falsifiquei exame, atestado médico ou qualquer outra situação. Quero apenas que as pessoas entendam que por trás de uma matéria existe um ser humano, com família e sentimentos. Nunca fui procurada para me manifestar antes da publicação, mas agora apresento os documentos que comprovam minha verdade.”
A servidora finalizou pedindo respeito à sua privacidade e reafirmou que não houve fraude, falsificação ou conduta ilícita, destacando que continuará seguindo as orientações de seu advogado.
ESCLARECIMENTO DOS FATOS
Na qualidade de advogado Fernando Leite da Silva – OAB/MT 29.437 da servidora indiretamente mencionada na matéria recentemente publicada pelo Jornal MT NORTE, venho apresentar esclarecimentos oficiais, preservando sua identidade e assegurando o direito constitucional à privacidade. A servidora jamais foi acusada de qualquer irregularidade. Não existe, no âmbito administrativo ou criminal, qualquer denúncia, apuração ou procedimento que aponte fraude, simulação ou conduta incompatível com suas funções.
A gestação era real, comprovada e acompanhada clinicamente. A servidora esteve, de fato, grávida, e lamentavelmente sofreu aborto espontâneo. Ressalto que há conjunto extenso de documentos médicos — consultas, exames, atestados e relatos clínicos — que confirmam de forma inequívoca a gestação e a perda gestacional. Esses documentos serão levados ao Poder Judiciário, se necessário, para afastar definitivamente qualquer dúvida sobre a veracidade dos fatos.
A perda gestacional causou profundo abalo psicológico. O aborto espontâneo desencadeou intenso sofrimento emocional, exigindo acompanhamento profissional e apoio familiar. Informação sensível como essa jamais deveria ser tratada com especulação ou sensacionalismo. A servidora não recebeu qualquer benefício, vantagem ou valor público. Não houve pagamento de auxílio, benefício indevido ou qualquer tipo de vantagem institucional.
A narrativa de privilégios inexistentes não encontra suporte em nenhuma documentação oficial. O desligamento ocorreu por iniciativa própria. Em agosto, por problemas pessoais pediu voluntariamente seu desligamento das instituições públicas em que trabalhava. Não houve exoneração, processo, benefício ou afastamento remunerado. Medidas judiciais serão adotadas se as informações falsas persistirem.
Diante da divulgação de fatos inverídicos, e havendo continuidade na exposição injusta que agrava o sofrimento emocional da servidora, serão adotadas as medidas legais cabíveis, incluindo ações de reparação e tutela urgente, para resguardar sua honra, dignidade e vida privada. Reitero que não houve fraude, não houve simulação e não há qualquer conduta ilícita atribuível à servidora.
O que existe é o luto de uma mulher que perdeu uma gestação e vem enfrentando consequências emocionais severas — agora agravadas por uma exposição pública injusta e indevida.





