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Alta Floresta contesta suspensão de voo com dados técnicos que apontam alta ocupação e rentabilidade

Alta Floresta contesta suspensão de voo com dados técnicos que apontam alta ocupação e rentabilidade

conectividade aérea

Alta Floresta contesta suspensão de voo com dados técnicos que apontam alta ocupação e rentabilidade

Prefeitura, IGR e setor turístico reforçam que a rota Cuiabá–Alta Floresta é viável e estratégica, com média de 73% de ocupação e rentabilidade acima da média nacional, desafiando argumento da Azul sobre baixa demanda.

Na última semana de junho, representantes da Instância de Governança Regional (IGR) Amazônia Mato-Grossense, do Conselho Municipal de Turismo de Alta Floresta (COMTUR) e empresários do setor turístico participaram de uma reunião estratégica com o prefeito Chico Gamba para discutir os impactos da suspensão da rota aérea Cuiabá–Alta Floresta, anunciada pela Azul Linhas Aéreas com previsão de encerramento a partir desta terça-feira, 1º de julho.

O encontro reforçou o alinhamento entre poder público e iniciativa privada na busca por soluções que garantam a conectividade aérea da região, que integra a Amazônia Legal e possui forte vocação econômica e turística. A IGR, que desde o início da crise tem atuado de forma técnica e colaborativa, reiterou seu compromisso com a defesa da malha aérea regional e a construção de alternativas viáveis para o transporte aéreo.

Durante a reunião, a Prefeitura apresentou dados que questionam a justificativa da Azul para encerrar a operação, citando uma média de ocupação de 73% nos voos, rentabilidade por quilômetro voado de R$ 1,16 quase o dobro da média nacional e a classificação da rota como prioritária na política nacional de aviação por atender a um município da Amazônia Legal. Também foi destacado que a empresa se beneficia de incentivos fiscais por meio do programa estadual VOE MT, o que reforça sua responsabilidade institucional quanto à continuidade da linha.

Os representantes da gestão municipal também pontuaram possíveis irregularidades na forma como a suspensão foi comunicada e vêm mantendo tratativas com outras companhias aéreas, como GOL e LATAM, para viabilizar novas rotas para Alta Floresta.

A IGR, por sua vez, expressou preocupação com os impactos da interrupção do voo direto, que afeta diretamente os setores de turismo, agronegócio e negócios. A entidade formalizou pedido de acesso ao estudo técnico da Prefeitura, com o objetivo de utilizá-lo na atualização do Plano de Ação da IGR e no planejamento estratégico de captação de novas empresas aéreas.

Com a chegada de julho, os efeitos da suspensão já começam a ser sentidos, como o redirecionamento de turistas, sobrecarga no aeroporto de Sinop, aumento no valor das passagens e prejuízos na organização de agendas corporativas e turísticas para o segundo semestre.

A IGR destacou que os próximos 30 a 60 dias serão decisivos para encontrar uma solução estruturada. “Nosso papel é articular, propor e não deixar a agenda esfriar. Precisamos garantir que a decisão de uma empresa aérea não comprometa toda uma cadeia econômica construída há décadas”, reforçou a coordenação da entidade.

A mobilização continuará nos âmbitos estadual e federal, envolvendo órgãos como a Casa Civil, SEDEC, Assembleia Legislativa e Ministério de Portos e Aeroportos. O objetivo é manter Alta Floresta conectada com os grandes centros e com o futuro do turismo sustentável da região norte de Mato Grosso.

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