W.S.R., de 20 anos, preso pelo suposto envolvimento na morte do motorista de aplicativo, Edilson Franceschini, de 45 anos, em Alta Floresta (a 791 km de Cuiabá), disse, em interrogatório, que a motivação do crime teria sido por seu amigo e membro do Comando Vermelho, G.F.S., informar que a vítima estaria abusando sexualmente da sobrinha do faccionado.
Aos policiais, W.S.R. relatou que G.F.S. foi até sua casa, na noite de sexta-feira (20), dizendo que ambos teriam que “dar um salve” em Edilson, pois o mesmo teria estuprado a sobrinha dele. O suspeito não soube informar a idade da menina, mas acredita que é uma criança. Ele também não soube quem trouxe a informação ao faccionado. A Polícia Civil reforça que não há, por enquanto, a confirmação de que a vítima tenha cometido este crime.
Logo depois, o suspeito detalhou que dirigia uma moto azul, com G.F.S. na garupa. Quando chegaram ao local do crime, Edilson já estaria esperando os suspeitos, pois tinha recebido a informação sobre o “salve” e, segundo o interrogado, “já teria aceitado” o fato.
Em seguida, W.S.R. disse que G.F.S. se aproximou e atirou contra Edilson. Após o crime, ambos voltaram para a casa de W.S.R. onde G.F.S. pediu que escondesse a arma de fogo na casa. O suspeito então disse que a colocou embaixo do colchão do berço de seu filho.
O crime
Edilson foi morto a tiros na sexta-feira (20). A polícia encontrou o corpo caído ao chão, próximo ao carro, às margens da MT-325, em Alta Floresta.
Após investigações, W.S.R. foi preso em uma barbearia, na rua em que reside, no sábado (21). Durante entrevista, ele confessou ter participado da morte do motorista e que a moto utilizada no crime, estava escondida em sua casa, atrás do muro da frente.
Além disso, informou que a arma usada para matar Edilson estava escondida abaixo do colchão do berço de seu filho, tendo autorizado a busca residencial para apreensão da arma.