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Programa Alta Floresta não Atropela vai instalar 6 pontes de dossel para passagem de animais silvestres em outubro

Programa Alta Floresta não Atropela vai instalar 6 pontes de dossel para passagem de animais silvestres em outubro

Projeto Reconecta

Programa Alta Floresta não Atropela vai instalar 6 pontes de dossel para passagem de animais silvestres em outubro

A iniciativa é do Programa Alta Floresta não Atropela, desenvolvido pelo Projeto Reconecta

Alta Floresta será o primeiro município da Amazônia brasileira a ter um Plano Urbano de Mitigação para redução de atropelamentos de animais silvestres e incremento de conectividade nos viários que cortam fragmentos florestais da cidade. Em outubro deste ano serão instaladas 6 pontes de dossel em vias onde ocorrem acidentes com animais.

A iniciativa é do Programa Alta Floresta não Atropela, desenvolvido pelo Projeto Reconecta, município de Alta Floresta e Fundação Ecológica Cristalino (FEC), têm apoio de parceiros, como o Instituto Ecótono, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), ICMBio, IBAMA, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), entre outros.

No ano passado, a bióloga Fernanda Abra, líder do Projeto Reconecta, esteve na cidade e com todos os parceiros do programa identificou os pontos críticos onde ocorrem atropelamentos de animais silvestres. A partir daí foi elaborado o Plano de Mitigação e realizada vistoria da rede elétrica com a Energisa. Entre os dias 22 a 26 de julho deste ano, a bióloga apresentou o planejamento a várias instituições públicas municipais, estaduais e federais do município.

Alta Floresta surgiu em meio à floresta amazônica nos anos 70 e ainda mantém vários fragmentos de floresta no perímetro urbano. Agrega parte do território do Parque Estadual Cristalino e está próximo de um corredor de biodiversidade que abrange unidades de conservação federais e territórios indígenas, totalizando em torno de 7 milhões de hectares (MT e Pará). Por isso mantém uma grande população de animais silvestres raros, entre aves, mamíferos e répteis.

Fernanda Abra explica que as ações do Programa Alta Floresta não Atropela consistem em integrar os fragmentos florestais para que os animais não fiquem isolados e assim comprometendo a genética de cada espécie. Além disso, reduzir a morte direta por atropelamento aumenta a conservação da fauna e a segurança viária.

Serão implantadas placas de sinalização, redutores de velocidade, passagens terrestres e desassoreamento de bueiros que poderão ser adaptadas para passagem de animais terrestres. No caso das pontes de dossel, o objetivo é proteger oito espécies de primatas existentes, sendo algumas criticamente ameaçadas, como o zogue-zogue-de-alta-floresta ( Plecturocebus grovesi ), descrito recentemente pela ciência e considerado um dos primatas mais ameaçados do planeta. Cerca de 40% das espécies de primatas do Brasil estão ameaçadas de extinção, mas em Alta Floresta a média chega a quase 70%.

As pontes serão instaladas pelo Projeto Reconecta, que já possui experiência com instalação e monitoramento de outras 32 pontes de dossel na BR-174, projeto apoiado pelo DNIT e Comunidade Indígena Waimiri-Atroari (https://projetoreconecta.com). Parte dos materiais das pontes serão adquiridos pelo Reconecta e o restante pela Prefeitura de Alta Floresta.

As pontes de dossel de Alta Floresta ainda terão câmeras para monitoramento das espécies que utilizarão as estruturas. O monitoramento será liderado pelo Projeto Reconecta contando com apoio de estudantes e acadêmicos locais, como da UNEMAT e UFMT. Um dos parceiros do Projeto é o primatólogo e professor Dr. Gustavo Canale, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia.

Os recursos estão sendo doados pelo projeto Reconecta, da bióloga Fernanda Abra, vencedor da edição 2024 do Prêmio Whitley, da organização britânica Whitley Fund for Nature (WFN) e considerado o Oscar da Conservação da Natureza.

O grupo Alta Floresta Não Atropela criado para discutir os problemas em relação à fauna silvestre de Alta Floresta e encaminhar soluções é uma iniciativa do município, Fundação Ecológica Cristalino (FEC e projeto Reconecta com apoio da 7ª Companhia Independente Bombeiros Militar – 7ª CIBM – Alta Floresta, Diretoria Regional de Alta Floresta – SEMA/MT, Unidade Técnica do IBAMA de Alta Floresta, Aeroporto de Alta Floresta/COA, UFMT – Campus Sinop, Instituto Ecótono, UNEMAT/AFL, Fazenda Anacã , vereadora Ilmarli Teixeira e o Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA.

Fonte: Josana Salles - Assessoria

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