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Passagens inéditas para animais silvestres em Alta Floresta (MT)

Passagens inéditas para animais silvestres em Alta Floresta (MT)

Atropelamentos

Passagens inéditas para animais silvestres em Alta Floresta (MT)

Plano para reduzir atropelamentos e facilitar a movimentação da fauna no município seria pioneiro na Amazônia brasileira

Implantação de travessia no município do norte mato-grossense. Foto: FEC/Divulgação

As 6 pontes entre árvores previstas para serem instaladas em outubro no município de Alta Floresta seriam as primeiras desse tipo em áreas urbanas da Amazônia brasileira. As estruturas devem reduzir atropelamentos e facilitar a movimentação da fauna nativa.

Entre março de 2022 e setembro do ano passado, carcaças de 65 animais silvestres atropelados foram doadas para pesquisas na Universidade Estadual do Mato Grosso. Já a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no município recebe uma média mensal de 5 espécimes silvestres feridos.

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Os animais são vitimados sobretudo quando se deslocam entre fragmentos florestais que sobreviveram a décadas de desmatamento. Daí a importância das estruturas, em implantação nas regiões onde ocorrem mais atropelamentos no município do norte mato-grossense.

As travessias entre árvores protegem 8 espécies de macacos, como o zogue-zogue-de-alta-floresta, taxado como um dos mais ameaçados do planeta. Cerca de 40% das espécies de primatas no Brasil correm risco de extinção, enquanto em Alta Floresta a média é de quase 70%.

O zogue-zogue-de-alta-floresta (Plecturocebus grovesi) é um dos primatas globalmente mais ameaçados de extinção. Foto: Rafael Ferraz

Além das travessias aéreas, a região ganhará placas sinalizadoras, redutores de velocidade e passagens terrestres. Tudo é parte de um plano para, além de buscar conter a morte direta de animais em estradas e rodovias, reforçar a segurança viária e evitar o isolamento genético de populações silvestres.

Nascida nos anos 1970, Alta Floresta mantém parcelas de vegetação natural rumo ao Parque Estadual Cristalino e a outras unidades de conservação federais e territórios indígenas. Daí a rica biodiversidade a ser protegida e conservada, como pede a Constituição e legislação nacionais.

As passagens e demais estruturas protetoras de fauna e motoristas foram mobilizadas pelo “Alta Floresta não Atropela”, programa mobilizado por Fundação Ecológica Cristalino (FEC), Projeto Reconecta, Prefeitura de Alta Floresta e parceiros, como o Instituto Ecótono, Universidade do Estado de Mato Grosso, ICMBio, Ibama e Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

*Com informações do Alta Floresta não Atropela.

Fonte: Aldem Bourscheit - ECO

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