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Defensoria acusa PM de agressão em Novo Mundo e cobra investigação

Defensoria acusa PM de agressão em Novo Mundo e cobra investigação

Defensoria acusa PM de agressão em Novo Mundo e cobra investigação

Gabriela Heck foi detida por policiais militares durante desocupação de área em Novo Mundo

Crédito - PMMT

A Defensoria Pública de Mato Grosso denunciou o que chamou de “detenção truculenta e ilegal” da defensora Gabriela Heck pela Polícia Militar na última segunda-feira (27), em Novo Mundo.

Segundo o órgão, Gabriela foi agredida pelo policial que comandava a operação, e pede uma investigação independente.

As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva da defensora pública-geral de Mato Grosso, Luziane de Castro. De acordo com Luziane, a Defensoria vai representar contra os policiais envolvidos na operação junto ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, Ministério Público do Estado e Comando-Geral da Polícia Militar.

“A resposta violenta dos policiais demonstrou-se, no nosso entendimento, absolutamente desproporcional e truculenta. Entendemos que houve a violação das prerrogativas e estamos aqui para fazer a defesa da atuação profissional, não só da Gabriela Beck, mas de todos os defensores e defensoras públicas que estiverem na defesa da população vulnerável”, disse, cobrando responsabilização dos PMs envolvidos na operação.

Luziane explicou que Gabriela estava no local após ser acionada por um ofício da CPT (Comissão Pastoral da Terra), solicitando providências para resguardar a vida e a integridade física das famílias que estavam em uma área em litígio.

Quando a defensora chegou no local, a desocupação já havia sido finalizada e 12 pessoas haviam sido detidas. Em tentativa de diligência junto aos PMs, conforme a defensora-geral, Gabriela teria sido recebida de forma ríspida pelo major Neto, após questioná-lo sobre a ausência de ordem judicial para a operação em andamento.

Ainda conforme a Defensoria, quando Gabriela pegou o celular para filmar a ação, o major teria exigido que ela lhe entregasse o aparelho. Com a negativa, o major teria puxado os cabelos da defensora e arrancado sua bolsa, machucando seu rosto e pescoço.

Ela foi encaminhada para a Delegacia de Guarantã do Norte, ouvida e liberada. Segundo a Defensoria, um exame de corpo de delito comprovou as agressões.

“Houve agressão física e apreensão de celular, configurando uma grave violação das prerrogativas profissionais da Gabriela Beck que, eu volto a dizer, estava ali no exercício da função de defensora pública. Vamos exigir uma investigação independente do caso e punições imediatas”, afirmou Luziane.

Além de Gabriela, foram presas mais doze pessoas, entre elas um padre e dois agentes da CPT.

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