Pesquisar

Mapa explica relevância da GTA para conter tráfico de animais silvestres

Mapa explica relevância da GTA para conter tráfico de animais silvestres

Capacitação

Mapa explica relevância da GTA para conter tráfico de animais silvestres

Curso a distância preparado pela Organização Freeland será oferecido a agentes de instituições governamentais federais; riscos envolvem doenças e até pandemias

A Freeland, unidade no Brasil com atuação na América do Sul e com sede na Tailândia, está produzindo um curso a distância para agentes de instituições governamentais federais e acaba de gravar uma videoaula com participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em São Paulo. O objetivo foi explicar o que é e para que serve a Guia de Trânsito Animal (GTA).

O curso de Educação a Distância (EAD) é uma versão específica extraída de um curso presencial sobre tráfico de espécies silvestres direcionado para a atuação de cada instituição governamental. O curso original é de 40 horas presenciais intensas, módulos teóricos e práticos e coordenação interinstitucional.

A Organização atua na conservação da biodiversidade através do combate ao tráfico de animais silvestres e o projeto de EAD é financiado pelo Gabinete de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei dos Estados Unidos (INL). Esta será a primeira versão de curso gravado para acesso remoto.

A explicação sobre GTAs foi dada pela agente de inspeção e médica veterinária Miriam Sassaki, da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (SFA-SP). Ela explica para que serve a guia, que controla a origem e o destino de animais durante o transporte. A GTA vale para o deslocamento de qualquer animal, com exceção de cães e gatos.

Segundo Miriam, que é ponto focal do serviço de Educação Sanitária do Mapa, cabe ao Ministério, em parceria com os Órgãos Estaduais de Sanidade Animal (Oesas), habilitar médicos veterinários da iniciativa privada para a emissão de GTA.

Os riscos de capturar animais silvestres na natureza e transportá-los para outras regiões preocupam a Defesa Agropecuária brasileira. Eles podem estar infectados e provocar doenças em outros animais e até em humanos. De acordo com Leandro Bondar, coordenador de educação da Freeland Brasil, o recente caso da pandemia de Covid-19 foi emblemático e ilustra esse perigo.

Em 2019, 160 canários contrabandeados do Peru foram sacrificados em Corumbá (MS) porque o portador não apresentou a documentação sanitária exigida por lei. As legislações federal e estadual indicaram o sacrifício sanitário por reconhecer o risco à fauna avícola e à avicultura comercial.

No ano passado, 320 aves conhecidas como canário-venezuelanos foram sacrificadas no Mato Grosso depois de terem sido resgatadas pela Polícia Rodoviária Federal. O órgão estadual de fiscalização alegou na ocasião que as aves sem procedência sanitária representavam um risco de introdução da gripe aviária, que “traria prejuízos incalculáveis, não só à economia do município, mas também do estado e do país”.

ESTRATÉGIAS

Leandro e a analista educacional Jennifer Machado estiveram na SFA-SP para a gravação na tarde de segunda (4). Eles explicaram que a Freeland Brasil atua em três pilares: educação ambiental, capacitação de agentes públicos que atuam na fiscalização e monitoramento de políticas públicas. Por ser uma ONG reconhecida internacionalmente, as referências em cada setor convidadas para participar das gravações aceitaram o desafio.

Segundo Leandro, os conteúdos incluem textos, gráficos e ilustrações como os depoimentos gravados em vídeo. O curso preparado pela ONG será cedido em definitivo para a PRF treinar seus 13 mil agentes no país. A expectativa é de um conteúdo denso, com 60 a 80 horas de treinamento.

Fonte: Mapa

Receba as notícias do Nativa News no seu WhatsApp.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Imprimir

Comentários

Feito com muito 💜 por go7.com.br