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Irregularidade das chuvas atrasa plantio do milho em MT e produtores já preveem prejuízos

Irregularidade das chuvas atrasa plantio do milho em MT e produtores já preveem prejuízos

9% SEMEADO

Irregularidade das chuvas atrasa plantio do milho em MT e produtores já preveem prejuízos

Produtores também estimam redução nas áreas de plantio do cereal no Estado

Christiano Antonucci/Secom MT

A irregularidade na volta das chuvas em Mato Grosso tem provocado atraso na safra do milho. Sem conseguir plantar, os produtores já calculam perdas e diminuição nas áreas de plantio do cereal. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, neste ano a situação é pior que dos últimos dois anos, quando o estado também tinha registrado atraso no plantio do milho. Já com relação à soja, semeada após a colheita do milho, Lucas Costa Beber diz que ainda é cedo para calcular os impactos, mas que a safra da oleaginosa pode ser “agronomicamente impactada”.

“As chuvas chegam agora. O plantio deve deslanchar nesta semana. Porém, temos que considerar que historicamente, o plantio tem atrasado no estado. Está bem atrasado. A soja ainda é cedo falar se vai comprometer ou não, mas agronomicamente pode ser comprometida por deslocamento de época de plantio. O milho, sim, se olhar historicamente tem grande chances de perdas maiores pelo atraso do plantio. A única coisa que pode melhorar o cenário do milho é se for um ano muito quente, a soja adianta o ciclo e o milho pode ser plantado na época certa como foi o ano anterior. Já tem produtores no estado falando sobre diminuição de áreas de milho por conta do atraso para plantar e a semeadura fica fora de época”, disse Lucas Costa Beber em conversa com à imprensa.

Segundo o presidente da Aprosoja-MT, até a semana passada, Mato Grosso tinha semeado em torno de 9% da área de cultivo do cereal.  Para ele, este ano, o Estado tem enfrentado a pior situação com atraso do plantio devido às chuvas e até mesmo nas regiões em que já choveu, como no Norte de Mato Grosso, o plantio ainda não estava ocorrendo em muitas cidades produtoras.

“O cenário desta safra (2024/2025) está pior que as últimas duas safras por conta do atraso de plantio. Nas duas últimas semanas que passaram, no fechamento delas, tínhamos atraso maior que a média de cinco anos e maior que o ano anterior, que já foi um ano atrasado. O cenário para milho está pior que os últimos dois anos, considerando mesmo que haja regularidade das chuvas agora”, afirmou.

“Mesmo a região Norte que tinha mais chuvas, mais pessoas plantando, havia localidades como São José do Rio Claro, Ipiranga do Norte, que ainda não tinham iniciado o plantio. A região Leste e Oeste também atrasou”, completou o presidente.

Lucas Costa Beber ainda citou dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, de que o ano de 2024 deve fechar com menor estoque de milho dos último cinco anos.

“É um cenário que pode ser positivo para frente para o milho. Esse atraso é ruim para produção, mas também é um cenário que pode ser positivo para a melhora dos preços do milho. Era esperado que houvesse estagnação no consumo mundial, mas a demanda por milho está crescendo. O Brasil está tendo que reter milho porque os estoques mundiais estão menores, apesar da maior oferta da safra americana”, finalizou.

BOAS ESTIMATIVAS

Conforme a projeção divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), nos próximos dez anos, o milho deve ocupar área de 10,90 milhões de hectares e produção de 80,38 milhões de toneladas para a safra 2033/34. É a cultura com melhor projeção de crescimento, dentre as demais (soja e algodão) cultivadas no Estado.

O crescimento da produção do cereal deve impactar positivamente e economia de Mato Grosso com a lei do combustível do futuro, sancionada pelo presidente Lula.

Fonte: HNT

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