COMIDA MAIS CARA EM CUIABÁ: Em alta cinco meses seguidos, cesta básica registra novo recorde
Conjunto de alimentos teve valor médio de R$ 611,3 em janeiro deste ano, ficando R$ 104,4 mais cara
Os preços dos alimentos não param de subir em Cuiabá. A cesta básica quebrou novamente seu próprio recorde e após cinco meses seguidos de altas, registrou valor médio de R$ 611,3.
As cifras apuradas em janeiro desse ano revelam que na comparação com o mesmo mês do ano passado há incremento direto de R$ 104,4, já que naquele momento o preço médio desse conjunto de alimentos estava cotado a R$ 506,9. Considerando o novo salário mínimo de R$ 1.100, o cuiabano está despendendo 56% do piso apenas para aquisição da cesta básica.
Os dados são do Boletim de Conjuntura Econômica do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Nessa variação anual, destacam-se altas de preços como a do óleo que dobrou de valor no varejo, saindo em média de R$ 4 para R$ 8, bem como a batata e o arroz, ambos 65% mais caros nesse intervalo.
Dos 13 itens que compõe esse conjunto de alimentos, 12 tiveram variação positiva e apenas um, o café em pó, leve redução. Integram a cesta básica: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga.
A cesta cuiabana é a segunda mais cara do Centro-Oeste, atrás da de Brasília em R$ 614,31. Campo Grande e Goiânia registraram valores de R$ 578,62 e de R$ 574,76, respectivamente. No ranking nacional, a cesta cuiabana é a 7ª mais cara, atrás de São Paulo (R$ 654,15), Florianópolis (R$ 651,37), Rio de Janeiro (R$ 644,00), Porto Alegre (R$ 626,25), Vitória (R$ 624,62) e Brasília (R$ 614,31).
Como o Imea segue a mesma metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que elabora a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, é possível fazer esse comparativo dentro do ranking nacional.
Em relação ao preço médio da cesta básica em dezembro, em R$ 602,4, há alta de 1,5% na passagem para janeiro.
Dos 13 itens, oito tiveram alta – destaque para o tomate, 20% - e cinco com redução de valores, sendo o mais significativo o da banana, -9,6%.
DIEESE - Os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/1938) durante um mês, aumentaram em 13 capitais pesquisadas.
As maiores altas foram registradas em Florianópolis (5,82%), Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%).
O valor da cesta apresentou redução em quatro capitais do Nordeste: Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,37%).